quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ruínas

Ruína é o termo que descreve o resto, destroço ou vestígio de uma estrutura. Mas parando pra pensar no caso, não creio que o resto deve ser considerado algo de menor valor. Por muitas vezes o que nos resta em nossas ruínas mentais é a esperança.. e a esperança não é algo ruim. 
De pedaços desmontados montamos o quebra-cabeça, o dinossauro e por muitas vezes uma história.
E esses pedaços devidamente organizados, encontramos a imagem daquilo que antes não era possível ver. O antigo se fez novo e o passado se fez presente. 
A mente em ruínas é uma mente em constante transformação. Em uma constante pesquisa de sim mesmo buscando a possibilidade de se compreender. 
Tenho medo daqueles que dizem ser "bem resolvidos". Vida patética que não muda nunca e não permite que vivamos novos desafios. Bem resolvidos em que se o mundo esta em constante transformação? Até os continentes se afastam dia após dia... e sua mente continua a mesma. Paralisada em suas vãs teorias. Afinal.... um bem resolvido.. é sempre... um bem resolvido.
Vou a fundo.. mergulho no meu íntimo... na minha ruína mais secreta... junto os pedaços e descubro que em mim... ainda existe esperança. Descubro que nem tudo está perdido.... descubro em mim.. eu mesmo.

Marcio Furlani - 10.04.2013

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Livros - A Sombra do Vento


Ontem, dia 02 de janeiro de 2012, eu terminei a leitura de um livro que considero ter sido o melhor livro que já li. O livro que quero destacar nesse dia é o "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafón.
A história baseia-se em um grande mistério que envolve um livro, o qual foi achado no cemitério dos livros, e seu autor.
Abaixo você pode conferir a sinopse oficial desta obra:

***  "A Sombra do Vento" é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.
Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que o amam poderão ter um destino terrível. ***

Meu testemunho pessoal sobre esta obra é que eu não consegui largar um só minuto a leitura. É viciante. Quando longe do livro, sua mente permanece lá, prisioneiro em suas páginas.
Cada personagem se torna íntimo.
Sabores, odores e toda a ambientação, você sente. Os detalhes são precisos, inclusive quando você os pesquisa fora da ficção.

::. Contras .::
Certamente por causa de sua tradução, às vezes a leitura fica com uma ligeira dificuldade de entendimento. Voltei alguns parágrafos para fazer novamente a leitura. Mas isso aconteceu poucas vezes.

::. Prós .::
"A Sombra do Vento" é aquele livro que você torce para virar filme, pois assim você pode conferir tudo que leu, na tela.
É encantador, arrebatador e é sem dúvida nenhuma um livro que deve ser respeitado.

Marcio Furlani