Ruína é o termo que descreve o resto, destroço ou vestígio de uma estrutura. Mas parando pra pensar no caso, não creio que o resto deve ser considerado algo de menor valor. Por muitas vezes o que nos resta em nossas ruínas mentais é a esperança.. e a esperança não é algo ruim.
De pedaços desmontados montamos o quebra-cabeça, o dinossauro e por muitas vezes uma história.
E esses pedaços devidamente organizados, encontramos a imagem daquilo que antes não era possível ver. O antigo se fez novo e o passado se fez presente.
A mente em ruínas é uma mente em constante transformação. Em uma constante pesquisa de sim mesmo buscando a possibilidade de se compreender.
Tenho medo daqueles que dizem ser "bem resolvidos". Vida patética que não muda nunca e não permite que vivamos novos desafios. Bem resolvidos em que se o mundo esta em constante transformação? Até os continentes se afastam dia após dia... e sua mente continua a mesma. Paralisada em suas vãs teorias. Afinal.... um bem resolvido.. é sempre... um bem resolvido.
Vou a fundo.. mergulho no meu íntimo... na minha ruína mais secreta... junto os pedaços e descubro que em mim... ainda existe esperança. Descubro que nem tudo está perdido.... descubro em mim.. eu mesmo.
Marcio Furlani - 10.04.2013
Tanto tempo lutei em criar um espaço, e agora eu o tenho. Escrevo aqui o que der na telha . Falo, elogio e critico sem olhar a quem. Participe... você é meu/minha convidado(a) de honra.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Livros - A Sombra do Vento
Ontem, dia 02 de janeiro de 2012, eu terminei a leitura de
um livro que considero ter sido o melhor livro que já li. O livro que quero
destacar nesse dia é o "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafón.
A história baseia-se em um grande mistério que envolve um
livro, o qual foi achado no cemitério dos livros, e seu autor.
Abaixo você pode conferir a sinopse oficial desta obra:
*** "A Sombra do
Vento" é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora
poética, ora irônica. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do
século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do
pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de
largar. Além de ser uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros, é um
verdadeiro triunfo da arte de contar histórias.
Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está
completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do
rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma
madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro
histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de
poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como
depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera que alguém as descubra. É
lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também
barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme
fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta.
Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para
sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os
exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar
que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender
que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que o amam
poderão ter um destino terrível. ***
Meu testemunho pessoal sobre esta obra é que eu não consegui
largar um só minuto a leitura. É viciante. Quando longe do livro, sua mente
permanece lá, prisioneiro em suas páginas.
Cada personagem se torna íntimo.
Sabores, odores e toda a ambientação, você sente. Os
detalhes são precisos, inclusive quando você os pesquisa fora da ficção.
::. Contras .::
Certamente por causa de sua tradução, às vezes a leitura
fica com uma ligeira dificuldade de entendimento. Voltei alguns parágrafos para
fazer novamente a leitura. Mas isso aconteceu poucas vezes.
::. Prós .::
"A Sombra do Vento" é aquele livro que você torce
para virar filme, pois assim você pode conferir tudo que leu, na tela.
É encantador, arrebatador e é sem dúvida nenhuma um livro
que deve ser respeitado.
Marcio Furlani
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